As 13 Cenas Mais Perturbadoras do Cinema

No aniversário de Jason Vorhees, quem ganha o presente é você!

Pamela Vorhees (Betsy Palmer) em Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, 1980)

Acoada, Alice tenta encontrar espaço numa sala tão tenebrosa quanto o passado de Cristal Lake. Sua algoz, Pamela Vorhees, alerta sobre a audácia da moça ao visitar o local.

“Esse lugar… eles jamais deveriam ter reaberto esse lugar! Você sabia que um menino se afogou aqui 2 anos antes do assassinato daqueles outros dois garotos? […] O nome dele era Jason.”

A Sra. Vorhees se aproxima de Alice, detalhando o que fazia no dia em que a criança morreu, afirmando ainda que o garoto “não era um nadador muito bom”. Por fim, uma revelação:

“Jason era meu filho, e hoje é o aniversário dele.”

Não é apenas no clássico dirigido por Sean Cunningham que sextas-feiras 13 são tratadas como momentos de comemoração. E apesar de ser o incansável Jason o merecedor das velinhas, quem ganha o presente na revista Moviement é você!

Ou melhor: os 13 presentes, pra combinar ainda mais com o contexto.

Sem muitas delongas, preparei uma lista que contém aqueles que considero alguns dos mais perturbadores momentos cinematográficos da história, capazes, inclusive, de fazer jus a esse tão especial décimo-terceiro dia de novembro.

Da flexibilidade corporal proporcionada por possessões demoníacas a psicopatias repletas de carnificina, a revista Moviement pede para que você mantenha os lencinhos por perto e prepare seus nervos para gotas de suor e sangue que têm tudo para encharcar seu monitor na noite de hoje.

Preparada(o)? Então respire fundo e torça para chegar com vida ao final.


13. A possessão de Debora Logan (The Taking of Debora Logan, 2014)

Puta. Que. Pariu.

Apesar de não ser o maior fã do filme de Adam Robitel, não foi difícil enxergar na cena acima um interessante dom para imagens bizarras. Adotando a estrutura de found footage (os chamados filmes “de fita encontrada”), o diretor cria uma atmosfera opressiva que culmina em particulares momentos de calafrio, como bem demonstra o singelo lanchinho acima, capaz de povoar a mente do público tanto durante a luz do dia quanto ao longo do mais agonizante pesadelo.


12. O Enigma do Outro Mundo (The Thing, 1982)

Sou suspeito para falar de John Carpenter, já que o diretor americano sempre foi uma das minhas mas queridas referências. Ainda assim, experimente conferir a sequência acima e ouse duvidar quando digo que nosso saudoso João Carpinteiro é uma das mentes mais bizarras (e criativas!) que existe.


11. REC (2007)

Penso que poucas vezes torci tanto por uma personagem como o fiz pela pobre repórter Ángela Vidal (Manuela Velasco). Na cena em questão, conduzida com mãos de mestres e temperada pela arrepiante figura de um zumbi esguio e cambaleante, confesso ter chegado ao limite da tensão. E torço para que você tenha tido a sorte de conferir REC num cinema e, assim como aconteceu comigo, ter saído da sala de projeção em frangalhos.


10. O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby, 1968)

Polanski nunca foi conhecido por facilitar a vida de seus atores. Exemplo disso é a cena acima, na qual ninguém mais, ninguém menos que o próprio demônio/capeta/chifrudo/tinhoso estupra a pobre Mia Farrow, num momento conduzido com a habilidade de um rei e concebido a partir das ideias de um louco.


9. Suspiria (1977)

Dona de um estilo único, Suspiria é uma obra de arte em forma de medo. Argento, gênio que só ele, abusa de cores contrastadas e de uma trilha sonora evocativa por excelência para conceber um filme tenebroso em sua ambição temática. Prova disso é uma de suas mais celebradas sequências de morte, na qual perfurações, gritos e muito sangue se fundem numa alegoria repleta de violência e, ainda assim, delicada em sua harmonia imagética e sonora. E isso mostra que por mais agressivo que um filme seja, é possível que ele também alcance o direito de ser considerado belo.


8. O Massacre da Serra Elétrica (Texas Chainsaw, 1974)

Imagine-se sendo sequestrado(a) e indo parar numa casa em que uma família de psicopatas planeja devorar cada parte do seu corpo. Pensou? Agora, imagine o instante no qual eles, dando a você as boas-vindas, trazem o patriarca da trupe para ter o direito de experimentar o primeiro pedacinho do rango. Isso é a mente de Tobe Hooper em seu clássico imortal.


7. O Iluminado (The Shining, 1980)

Adorado por muitos e questionado por alguns, o trabalho de Kubrick gera um misto de calafrios e risadas que ainda hoje causa certo incômodo no público. No entanto, o fato é que o mestre soube conduzir muito bem a cena acima, fácil aquela que melhor define o clima bizarro presente no Hotel Overlook. E basta que você se imagine no lugar do pequeno Danny para saber que a infância desse guri foi para as cucuias a partir do momento em que ele resolveu pedalar pelos corredores do misterioso lugar.


6. Alien: O 8º Passageiro (Alien, 1979)

Ridley Scott, seu lindo.

Talvez a cena mais conhecida de sua carreira,o diretor cria aqui um ritmo brilhante que brinca com a expectativa do público ao utilizar por um breve instante o silêncio como forma de potencializar sua sangrenta revelação. Ou vai dizer que você não se arrepiou todo ao descobrir que sua torcida pela vida de Dallas (Tom Skerritt) não passou de pura ingenuidade?


5. O Abismo do Medo (The Descent, 2005)

Claustrofóbico, tenso e repleto de escolhas sonoras brilhantes, filme de Neil Marshall prima por impedir que o público tenha qualquer controle sobre a narrativa, aproveitando-se das sombras e do pouco espaço de suas cavernas para cercar suas vítimas e trucidar com cada nervo que decora suas entranhas. O resultado é uma experiência desesperadora, como bem demonstra o momento no qual os vilões resolvem atacar.


4. A Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead, 1968)

George A. Romero dispensa apresentações. Por isso, ter sua inesquecível cena de matricídio incorporada à lista é o mais puro dever de casa.


3. Audition (1999)

Que Takashi Miike não bate muito bem da cabeça, todo mundo já sabe. O que fica difícil de entender é como o diretor teve estômago e nervos para criar aquela que é uma das mais pavorosas cenas de tortura da história do cinema, na qual agulhas tomam as vezes de machados e dilaceram o corpo do pobre coitado que caiu nas garras de sua personagem. Ouch.


2. Inverno de Sangue em Veneza (Don’t Look Now, 1973)

Se existe um motivo pelo qual você deve conferir o trabalho de Nicolas Roeg, que você escolha a montagem do longa. Transformando a caçada de John Baxter (Donald Sutherland) numa espiral de pesadelos, o diretor — ao lado de gênios como o compositor Pino Donnagio e o montador Graemme Clifford — concebe na cena acima uma verdadeira obra-prima do gênero, culminando num desfecho que não se interessa por concessões e acaba apunhalando o público sem hesitar.

E o fato de contar com uma das criaturas mais assustadoras do cinema só torna as coisas ainda mais interessantes.


1. O Exorcista (The Exorcist, 1973)

Aqui, não tive muita chance de escolha. As duas cenas que selecionei marcaram minha infância de maneira devastadora, me traumatizando durante meses e impedindo que eu degustasse o calor de minha própria cama ao longo de vários dias. Sendo assim, relembrar a pequena Regan (Linda Blair) se masturbando com um crucifixo ou inovando ao descer alguns lances de escada de maneira, digamos, atlética ainda me causa os mesmos arrepios que experimentei quando me peguei suando de medo em frente à tv logo no desabrochar dos meus 12 anos de idade. Obrigado por isso, Friedkin.


Menção Honrosa:

Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, 1980)

É claro que eu não seria louco de deixar nosso querido aniversariante de fora, não é? E mesmo não considerado sua franquia como uma das mais assustadoras, creio que o ícone em si merece ter uma compilação de suas travessuras publicada na lista. Vida longa a Jason Vorhees (mas não às suas vítimas).


Gostou da lista? Então não se esqueça de seguir a revista Moviement e, claro, curtir no coração abaixo para recomendá-la a outros leitores. Ótimos filmes!